Sabor de sangue e chocolate por Helena Gomes

Autor: Helena Gomes

Editora: Escrita Fina

ISBN: 9788563877192

Ano: 2011

Páginas: 280

Classificação:  

É apenas mais um dia no colégio e na vida de um dos alunos, Alex. Tudo promete ser como sempre até que um assalto provoca no adolescente de 17 anos uma reação inesperada. Com ela, vem à tona uma insana vontade de beber sangue. Desesperado, Alex acredita que está enlouquecendo. E a situação só piora quando a mãe o obriga a viajar para Nova Guanaja, uma cidadezinha próxima a Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul. Lá, ele fica hospedado na casa de Miranda, dona da melhor chocolateria da cidade. A tranquilidade do lugar, porém, logo deixa de existir. Um rapaz é decapitado numa das praças da cidade. Uma jovem tem todo o sangue extraído de seu corpo. E novas mortes ocorrem sem que ninguém possa impedi-las. Alex acaba preso a uma trama cheia de mistérios e perigos, tecida por uma bruxa que não medirá esforços para saciar sua ambição. Nem que isto signifique atrair para Nova Guanaja a mais terrível das criaturas.

Se você gosta de seres sobrenaturais e místicos, esse livro traz todos eles, ou pelo menos a maioria.

No livro, Alex, um adolescente até então comum, depois de passar por uma situação de stress, passa a sentir uma fome incontrolável, e que por mais que ele assalte a geladeira, não consegue sacia-la. 

Na cantina do colégio, ele conhece Isla, e enquanto a garota esta cuidando dos afazeres da cozinha, ela se corta acidentalmente, e de repente, Alex voa pra cima da menina e prensa ela contra a parede. 

Nesse momento você pensa: "Legal! vai rolar uns amassos." 

Errado. 

Ele voou porque sentiu o cheiro do sangue dela e precisava provar um pouquinho. Neste momento, ele percebe que sua fome estava saciada, com apenas umas gotas de sangue... 

Ai você pensa: "Ele é um vampiro." 

Errado de novo. 

Na verdade, ele não pode ser um vampiro pois não é dada a informação no livro de que ele tenha sido mordido em algum momento da vida; logo, ele não sabe o que ele é... legal né?

A trama se desenvolve e descobrimos que ele é um meio íncubo, ou seja, a versão masculina de um súcubo, um ser à margem da criação (o que é um ser à margem da criação? Não sei. Não me foi explicado...) que se alimenta da energia sexual de suas vítimas enquanto elas estão dormindo. 

Ele faz uma viagem com o motorista da família e descobre que a neta dele é uma jovem bruxa e que ela é a responsável por trazer alguns íncubos malvados para a pequena cidade de Nova Guanaja, no Rio Grande do Sul, e que esses seres estão matando algumas pessoas, pois eles não se alimentam apenas da energia sexual, mas sugam o seu sangue até à morte. 

Para combater esse mal que esta assolando a cidade, teremos a ajuda de um caçador de demônios (no melhor estilo Van Helsing, com sobretudo, bota, espada...) e um anjo. 

A história é bem legal e prende a nossa atenção, principalmente até conseguirmos descobrir o que Alex realmente é. 

Essa é a história sem entrar em muitos detalhes e estragar o final. Agora vamos aos por quês da nota 3:

1. A impressão que eu tive é que se tratava de uma feira de convenções de seres místicos, pois em um livro você tem a presença de íncubos, bruxas, demônios, anjos, caçadores.... só ficou faltando o lobisomem! (A minha parceira no blog, diz que isso é o sonho de consumo dos fãs de fantasia, mas eu sinceramente, achei muita mistura...)

2. O anjo esta ao lado dele desde o acidente que ocorre no início do livro em Santos e segue ele até o Rio Grande do Sul; no meio dos pensamentos dela, ela diz que esta ao lado dele pois o ama. Mas em nenhum momento é apresentado um por quê desse amor, sabe? Não rola aquele momento fofo em que eles se conhecem, ficam amigos e se apaixonam. Na verdade, o Alex só vai saber sobre o anjo quase no final do livro! Amor platônico total!

3. O Íncubo que esta matando todo mundo na cidade já tinha aparecido na Itália há alguns anos atrás e tem uma relação com o protagonista da história (que eu não vou contar, pra não estragar). Eis que o mesmo íncubo aparece na cidadezinha de Nova Guanaja, sem saber de sua relação com o menino... é muita coincidência, não? Só existe ele de íncubo? A bruxa invoca um íncubo e só ele que poderia atender o chamado? (desculpem, mas eu não acredito em coincidências...)

4. O protagonista passa o livro inteiro demonstrando ser um menino centrado e reservado, e tem plena consciência que, como um íncubo, ele é um perigo para as outras pessoas, mas no final ele parece mudar de opinião. Ele deixou de ser um perigo? Quando isso aconteceu que eu não li nada disso no livro?

Por esses buracos na história a minha nota é 3.