Editora: Rocco
ISBN: 9788532529039
Ano: 2014
Páginas: 208
Classificação:
Neste inusitado romance de terror e de zumbis, o francês Martin Page, autor do bestseller Como me tornei estúpido, faz uma fábula sobre a sociedade de consumo, sob o pseudônimo de Pit Agarmen. No livro, uma epidemia assola o planeta e transforma os humanos em seres demoníacos, selvagens e cruéis. Antoine Verney é um sobrevivente, mas não tem nada de herói. Como um Robinson Crusoé moderno, ele tem que aprender a sobreviver e a enfrentar a solidão.
Vamos deixar uma coisa clara antes de começar essa resenha. Eu ODEIO terror!
Sabe aqueles filmes que o pessoal adora, tipo Jogos Mortais... o Albergue... Exorcista... eu passo longe desse tipo de história!! Porém, ao ler uma resenha deste livro em um blog que sigo, a blogueira informou que se tratava de um terror light...
Então, decidi me aventurar nesse enredo. Talvez assim, a Laisy e o Diego parem de me chamar de medrosa... rsrsrs
Nele conhecemos Antoine, um escritor que não esta muito satisfeito com os rumos da sua própria vida. Ele se divorciou recentemente da mulher; seus livros não são um grande sucesso; Resumindo... ele tem uma vidinha bem mais ou menos...
Ele vai a uma festa no apartamento de uns amigos em Paris, porém, não se sente atraído a interagir com nenhum dos presentes, por isso, pega uma bela garrafa de whisky e se tranca na biblioteca do apartamento para fugir do convívio social e afogar as mágoas. Acontece que ele bebe demais e só acorda no dia seguinte.
Quando ele sai da biblioteca se depara com um cenário de horror. A sala, onde antes havia uma festa, esta repleta de sangue. Um corpo sem cabeça esta perto da porta da biblioteca onde ele estava. Ao olhar da sacada do apartamento para a rua, ele se depara com a realidade: sabe-se lá como ou por quê, seus amigos e o resto do mundo foram atacados por zumbis.
Alguns policiais ainda tentam resistir aos mortos vivos na rua em frente ao prédio, mas logo são devorados e transformados também.
Enquanto pessoas correm pelas ruas desesperadas para se salvarem e deixarem Paris para trás, Antoine toma a decisão de se enclausurar no apartamento. Afinal, não é a cidade que esta em colapso... é o mundo! De que adianta fugir da cidade, se fora dela também tem zumbis por todos os lados? Pelo menos na cidade e no apartamento, ele esta em território conhecido.
Com o tempo, Antoine percebe que ele pode ser o único sobrevivente...
À princípio ele começa a se preparar para sobreviver aos mortos vivos mesmo: fecha todo o prédio com barricadas, bloqueando portas e janelas; procura nos apartamentos vizinhos comida, água e armas... porém, os dias passam... completam-se meses... e ele ali tendo como única companhia os zombies. Eles quase viram seus amigos, se não fosse o fato deles o verem como um apetitoso jantar.
A partir deste momento, nós temos um Antoine que começa a refletir sobre o conceito de sociedade; refletir como sua vida era horrível antes e que precisou de um desastre mundial para ele aprender a valoriza-la; e ele começa a aprender a lidar com a solidão.
Esse livro me lembrou muito dois filmes: Ensaios sobre a Cegueira e Eu sou a Lenda.
Da mesma forma que o personagem de Will Smith em "Eu sou a Lenda", Antoine esta sobrevivendo sozinho em uma cidade cheia de zombies, porém, ele aprende a conviver com eles. É uma espécie de trato: vocês não ficam no meu caminho, e eu não fico no de vocês.
E quanto ao "Ensaio sobre a Cegueira", assim como a personagem de Juliane Moore, ele passa a perceber o mundo de outro ponto de vista. A valorizar a vida e a beleza que ela tem, quando percebe como a sociedade era uma coisa frágil, bastando uma epidemia (que nesse filme deixa todos cegos) para ela ruir.
Para os fãs de séries como The Walking Dead... esqueçam aquela coisa de zombies correndo atrás de Antoine e desespero pra todos os lados. A única semelhança é que ambas as história abordam zombies. Só.
O livro é relativamente fino, tanto que li em apenas 1 dia. A narrativa é feita por Antoine e divida de acordo com os dia, ou seja, é como se fosse um diário. O livro começa muito bem, no meio eu achei que deu uma caída, mas depois o autor se recupera. Como o objetivo desse livro é discutir mais o lado psicológico da "destruição da civilização e a influência que isso tem no ser humano" do que propriamente achar uma solução para a epidemia, não esperem muitas explicações sobre de onde vieram os zumbis, ok?
Este livro distrai e faz pensar em alguns momentos, então... valeu a leitura.
Oi Natália,
ResponderExcluirnão conhecia este livro ainda, mas fiquei super curiosa! também tenho medo de filmes neste estilo dos que você citou, mas quando se trata de livros, eu não tenho tanto medo assim não.
li esses tempos atrás uma trama que se parecia bastante com essa, e, apesar que não ser muito fã de livros neste estilo, acabei gostando...
este ai me deixou curiosa, e o fato de ele ser fino me agradou também... dá pra ler mais rápido né :D
tipo eu nõ curto terror, mas acho q zumbis não são caracterizados como terror saca? por isso eu leio.
ResponderExcluirenfim, a história do livo é interessnte, as pelo andar da carruagem não sei se leria o livro.
Seguindo o Coelho Branco
Até que gosto de um terror light,com muito suspense.
ResponderExcluirAcho que não é o caso desse.
Infelismente esse livro não entraria para minha já extensa lista de desejados.
Oi natália, este se eu fosse ler seria mais para frente.
ResponderExcluirBjs, Rose.
A Natalia, vai ver um filmezinho de terror, vai :p kkkk amo zumbis mas esse livro não me atraiu não, acho que por ser um coisa mais psicologica, com o personagem refletindo, torna a história pouco atrativa pra mim, eu gosto mais de ação, de uma horda de zumbis correndo atrás das pessoas e tal.
ResponderExcluirEu adoro terror, embora faça muito tempo desde a ultima vez que algum deles me assustou de verdade. Eu já havia lido outras resenhas sobre esse livro, e a conclusão a que cheguei é que ele me perecer ser um pouco ahm, por falta de uma palavra melhor, chato. Não sei se vou ler ou não e tirar a prova, não que eu não goste de zumbis, mas o fato de nas resenhas reiterarem que o autor não é dado às explicações mínimas e mais focado no lado psicológico da destruição da humanidade me deixam sem ânimo para lê-lo.
ResponderExcluirSou completamente diferente de você, Natália!!! Adoro livros/filmes de terror.
ResponderExcluirEm relação a esse livro, achei bem legal, pois, mesmo tendo os zumbis, o autor focou mais no psicológico da trama. A ideia de colocar uma personagem "ilhada" em meio a um apocalipse zumbi foi sensacional. Reflexões interessantes são o que não faltam aqui. Fiquei bem curioso pra ler.
@_Dom_Dom
Gosto bastante de terror e gosto bastante de abordagens psicológicas na narrativa. A maioria dos melhores livros que li tem uma abordagem introspectiva ou eram terror... então creio que esse livo seria muito bom de ler e poderia entrar na lista dos melhores... vamos ver ne? pois ele entrou na wish list.
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro deste autor, mas gostei muito da sua resenha, me parece ser um livro muito bom, fiquei com vontade de ler, acho que não me decepcionaria.
ResponderExcluirNão gostei nenhum pouco desta capa, ficou bem feia infelizmente. Eu gosto de filmes e livros de terror, apesar de não ler com tanta frequência este gênero, aliás, li muito pouco sobre zumbis. Vou dar uma chance ao livro apesar da capa.
ResponderExcluirBjs, Rose.