7 de setembro de 2012

Entrevista com Leonardo Torres

Olá leitores!

Gostaria, primeiramente, de agradecer a todos que participaram da rodada de entrevistas, nos enviando suas perguntas. Muito obrigada!

Espero que vocês gostem da entrevista e sintam-se em uma verdadeira roda de debates com o autor. Vamos conhecer um pouco mais sobre Leonardo Torres? Então curtam a entrevista! 
Beijos.
Entrevista com Leonardo Torres

Perdidas na Biblioteca: Muitas pessoas não tem coragem de publicar o diário delas, mas você teve essa coragem de externar o que sentia através de um livro. O que te deu essa coragem, sabendo que enfrentaria a fúria dos parentes do seu pai com isso?
Leonardo: Isso é uma questão bem interessante, que eu só disse em uma entrevista, mas acabou ficando de fora da edição final. É claro que, como todo ser humano, eu temi as consequências das minhas palavras e fiquei indeciso quanto à publicação do livro. Por isso, decidi esperar por algum sinal para decidir o que faria e, justo neste período, conheci a escritora Laura Albert. Ela, para quem não sabe, criou o alterego JT Leroy e enganou a indústria cultural e a mídia de uma maneira geral. Certamente, não é uma pessoa de quem se deva escutar os conselhos, mas ela me disse para que eu fizesse umas loucuras e, bem, eu levei isso a sério.

Alice Aguiar: quando foi que você percebeu que gostava de escrever?
Leonardo: Eu ainda era criança. Percebi que gostava de escrever antes de descobrir o gosto pela leitura e, consequentemente, de escrever direito. Desde que fui alfabetizado, mantive cadernos nos quais inventava histórias e reescrevia com minhas palavras o que via nas revistas. Depois, por volta dos meus 10 anos, criei meu primeiro blog e dei continuidade ao mesmo hobby, de maneira digital. Eu sempre escrevi, não necessariamente bem, mas sempre escrevi.

Ingrid Buarque: O que lhe levou a escolher esse nome para a sua obra? Foi difícil a escolha?
Leonardo: Desde as primeiras aulas de redação no colégio, tenho problemas com títulos. Eles costumam ser a parte mais difícil do texto para mim, porque é como se eu colocasse um rótulo logo no início. Mas “Condenáveis” surgiu de maneira muito natural. Quando comecei a escrever esse livro, tinha outro título em mente. Mas, com o tempo, o próprio texto me pediu para se chamar “Condenáveis”. Fez sentido para mim.

Khrys Anjos: Você já conseguiu superar a vergonha?
Leonardo: Que vergonha? De ser lido? Nunca tive vergonha de ser lido. Até deveria, porque antigamente escrevia em “internetês” e era um terror! Hoje em dia, só não gosto que meus textos sejam lidos antes de terminados. Sou muito inseguro, sim, quanto à minha escrita, mas isso não tem nada a ver com vergonha. Dou minha cara à tapa sem problemas, mas temo o tapa. hahaha Deu para entender?

Gladys Freitas: Como foi a relação com seu pai após saber a notícia pela tv?
Leonardo: Não houve relação. Deixamos oficialmente de nos falar, como exploro com mais profundidade no livro.

Jéssica Patrício: De que maneira a sua vida pessoal influenciou na sua obra "Condenáveis"? O livro trata de uma história real?
Leonardo: Acho que o livro e minha profissão de jornalista têm mesmo tudo a ver. A história, como você perguntou, é real, o que já remete à profissão, que não lida com histórias ficcionais. Mas a relação vai além disso. Acredito que, se não houvesse estudado jornalismo, talvez não seria capaz de perceber que minha história pessoal daria um bom livro. Eu identifiquei o “lead” da minha vida, de certa maneira.

Emiliano: O que seu pai disse quando soube do livro?
Leonardo: Todos me perguntam isso, mas a verdade é que eu nem sei se ele já tomou conhecimento do livro. Acredito que ele saiba que escrevi, porque “Condenáveis” chegou a ser anunciado no Domingão do Faustão, o que repercutiu bastante no meu ciclo social. Apesar disso, não sei se leu e, se leu, o que achou. Não me importo também.

Manza: Leonardo, alguma outra autobiografia te inspirou a escrever o livro ou você só foi levado pelas circunstâncias?
Leonardo: Não me lembro agora de ter me inspirado em algo parecido. Acho que fui levado pelas circunstâncias mesmo. Comecei a escrever o livro como um desabafo, um diário pessoal, e só depois percebi que poderia ser interessante publicá-lo. Histórias de pais e filhos e dramas familiares geralmente tem um apelo forte com o público. As pessoas se identificam. Achei que poderia ajudar algumas pessoas ao compartilhar minha história.

Flavia: Qual sua reação quando se depara com comentários de pessoas que não entenderam o propósito de seu livro?
Leonardo: Na verdade, quando decidi publicar, achei que a oposição seria mais ativa, mas li poucos comentários negativos até agora. Eu aceito as críticas, mas me incomodo quando as pessoas não entendem a proposta do livro. Certa vez, uma internauta escreveu que eu estava me aproveitando da situação do meu pai para ganhar dinheiro. Que pensamento equivocado! De forma alguma, eu faria isso. Se as pessoas soubessem quanto ganham os autores – principalmente os independentes – elas seriam mais solidárias.

Samira Chasez: Pretendes escrever um novo livro? E se sim pensas na possibilidade de um tema diferente?
Leonardo: Livro é igual filho. Quando você tem um, as pessoas te perguntam quando virá o próximo. É um caminho sem volta, eu acho. Estou muito animado com minha entrada no universo literário, de verdade, e quero mesmo escrever outras obras. Quero me testar com ficção e temas completamente diferentes, mais leves e alegres. Quando tiver novidades, contarei tudo para o blog Perdidas na Biblioteca, com toda certeza.

19 comentários

  1. A entrevista ficou ótima.Adorei meu dia de repórter kkk

    O Leo é um exemplo que devemos ter pois em um momento super difícil ele conseguiu se manter firme e seguir em frente.

    Um leve bater de asas para todos!!!!!!!!

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  2. Minha pergunta foi escolhida, hehe.

    Desejo sucesso ao autor!

    =D

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  3. Adorei a entrevista! Gostei bastante das resposta dele, bem seguro!
    Beijinhos!

    Camila.
    loucuradelivros.blogspot.com.br

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  4. Ótima entrevista! Fiquei curiosa para ler o livro dele!

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  5. Adorei a entrevista, ficou ótima, fiquei com vontade de ler o livro. Beijos

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  6. Parabéns pela entrevista, gostei muito das perguntas e das respostas dele

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  7. Adorei a entrevista, ainda mais por ter tido a participação dos(as) leitores(as) blog..
    Muito bom mesmo.

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  8. Ooown, que fofo!
    Adorei, um beijo.
    http://livrodagarota.blogspot.com.br/

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  9. Não conheço o livro dele, mas achei a entrevista muito interessante!

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  10. Boa entrevista fiquei curiosa pra ler o livro e saber mais sobre esse drama familiar

    bjos e sucesso ao autor

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  11. Gostei muito da entrevista e das perguntas selecionadas, ainda não o conhecia.

    Selene Blanchard
    Bacio,Moda & eu

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  12. Achei muito interessante, e fiquei mega curiosa de ler o livro.
    Bjks

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  13. nossa, bem interessantes as respostas dele! fiquei curiosa pra ler o livro!

    beeijo!

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  14. Muito boa a entrevista. Respondeu tudo sem rodeios. Agora fiquei com vontade de ler o livro.

    DomDom Almeida
    @_Dom_Dom

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  15. Ótima entrevista!!
    Adorei ele, super simpático e cheio de talento.

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  16. Que entrevista interessante!

    É muito bom saber mais sobre nossos autores :)

    ~> Beijusss...;*

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  17. Muito bom.
    Adoro as entrevistas e o melhor é poder participar.

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