18 de maio de 2015

Adeus Facebook por Jack London

Autor: Jack London 
Editora: Valentina 
ISBN-13: 9788565859059
Ano: 2013
Páginas: 180
Classificação: 
Parar e pensar sobre como as novas tecnologias transformarão o mundo parece algo impossível de se fazer. Sempre preocupadas em atualizar o status online, cada vez mais as pessoas têm menos tempo livre. Além disso, a natureza volátil das redes sociais permite que tudo nessas plataformas possa mudar de um dia para o outro. Este novo cenário já alterou a forma de empreender tanto no Brasil quanto no mundo. Empresas como o Google e o próprio Facebook surgiram do nada e hoje são gigantes no mercado, enquanto outras que eram consideradas quase infalíveis tiveram que se readaptar para não morrer. A forma de empreender mudou. Ao mesmo tempo, as marcas nunca estiveram tão conectadas com seu público e a criatividade não tem limite. Barreiras linguísticas e geográficas estão ficando sem importância, e aquele que deseja empreender deve saber que seu público alvo pode estar do outro lado do mundo, da mesma forma que seu concorrente direto. Surgiram startups com sucesso em um dia e desastre noutro. Quantas empresas conseguiram, de fato, se manter no mercado com mais de 1 ano de existência? Como aprender com elas para não cometer os mesmos erros? O escritor Jack London, considerado em um levantamento feito pelo site IDG NOW como um dos 10 nomes mais importantes da internet no Brasil, vem acompanhando de perto todos esses processos em sua coluna sobre empreendedorismo na revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios e agora, com essa coletânea de seus mais instigantes artigos, aulas e palestras, podemos traçar com detalhes o panorama atual da nossa sociedade: digital, imprevisível e mutante. Adeus, Facebook – O Mundo Pós-Digital fala sobre o que está acontecendo no mundo digital, sobre o futuro das redes sociais e sua influência em nossas vidas, como o Brasil lida com essa nova realidade e como empresas e empreendedores podem usar isso em seu favor. O livro ainda nos remete a algumas perguntas essenciais e nos faz questionar: O que nos espera quando todo esse sistema entrar em crise? É possível imaginar o futuro?

Já fazia um tempo que eu queria ler este livro. O assunto mundo pós digital sempre me interessou. Eu sempre tento antever o que vai acontecer daqui há alguns anos com a inserção de determinada tecnologia "x" ou "y" no mercado.
Este livro aborda, através de vários textos, exatamente isso.
No começo temos uma seleção de textos onde o autor tenta nos mostrar como a inserção das redes sociais e da internet vem mudando a nossa cultura e a forma como interagimos.
Pense nisso: Para você, o que é solidão?

Em recente pesquisa desenvolvida nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, foi colocada em pauta a seguinte pergunta: Para você, o que é hoje solidão? A maior parte dos pesquisados respondeu que solidão é não estar conectado. - pág 19 

Se fizermos essa mesma pergunta para um senhor de idade, com uns 60 anos, será que ele terá a mesma resposta? Eu acho que não...
Isso mostra uma mudança em um paradigma da sociedade, onde antigamente para você se sentir sozinho era necessário que não tivesse ninguém ao seu lado. Hoje, com você conectado o tempo todo com pessoas distantes de você, a sensação de estar sozinho acabou.
Quem já não foi comprar uma roupa... ou um livro... ou qualquer coisa, e se pegou ligando, mandando uma foto pelo whats app para aquele amigo que sempre te ajuda a tomar a melhor decisão? Ele não esta fazendo compras fisicamente com você, mas como ele também esta online, é como se estivesse. Você não esta mais fazendo compras sozinho. Entenderam?

Entre outros questionamentos que este livro aborda, está a questão da mudanças nas empresas devido a mudança no trabalho.
Antigamente, para você ser uma grande empresa, era necessário muito trabalho árduo e muitos funcionários para dar conta das demandas, certo? Hoje, empresas start up contam com 10 funcionários e tem a mesma renda bruta que empresas gigantescas.

"A própria conceituação do que é uma pequena e uma média empresa devem ser revistas. O SEBRAE considera aquela que tem 100 a 500 empregados uma empresa média. Em um mundo de forte aplicação de tecnologias, é cada vez mais comum encontrar empresas com menos de 500 empregados entre as maiores do país em faturamento" - pág 86

Outra mudança é o surgimento cada vez mais constante de empresas que nascem de uma ideia e logo ganham notoriedade devido ao ambiente em que ela se propaga: a internet.
Fala a verdade: você nunca pensou em ter uma grande ideia de um site ou rede social e se tornar o novo Mark Zuckerberg? Pois você não é o único. Atualmente os novos empreendedores tem se focado muito em produzir novos negócios voltados para o mundo digital. Você não paga aluguel de uma loja... pode manter o negócio com um número reduzido de funcionários... trabalhar em casa... sem contar que tem bem menos burocracia (e acho que impostos também) do que um empreendimento tradicional.

Mas então isso é um livro técnico? Nossa... deve ter sido massante a leitura, não? 
Sim e não.
Sim, isso é um livro técnico. Não, a leitura não é massante, pois não é um texto único. O autor agrupou vários textos sobre um tema e dividiu em capítulos. Portanto, a leitura é rápida e quando você percebe já esta começando um outro texto, com outra história que irá lhe dar um outro ponto de vista sobre o mesmo tema.
São textos que muitas das vezes farão você pensar sobre como você lida com o mundo digital atualmente e nem percebe. O exemplo da compra de uma roupa no shopping que citei anteriormente é um exemplo disso.

Confesso que alguns textos foram inúteis para mim. Pareciam mais querer descontrair o leitor do que realmente nos fazer analisar o mundo pós digital. E confesso que eu esperava um livro mais técnico, ou seja, mais aprofundado no tema, mas ai eu entendi a real função deste livro.

Uma pessoa formada em comunicação, tecnologia da informação, ou um acadêmico provavelmente ficará meio frustado como eu, porque este livro é para os leigos. (sem ofensas)
Esse livro é para que você, que nunca parou para pensar nas mudanças que vem acontecendo no mundo com a inserção da internet, das redes sociais, smartphones, smart tvs, etc... pare para pensar. Pare para perceber todas as mudanças e como elas tem acontecido cada vez mais rápido.
Então, ele não pode se aprofundar muito. Por isso ele escolheu várias historinhas para lhe guiar.
E com isso, ele cumpriu muito bem o papel dele.

Se você percebeu através desta resenha e dos exemplos que citei que se encontra no grupo de pessoas que não tem dada a devida atenção as mudanças que vem ocorrendo no mundo por conta dessas novas tecnologias e quer saber mais, vai fundo nessa leitura.
Mas se você não esta nem ai pra isso, só quer saber de usar o Facebook em paz e ficar vendo vídeos no YouTube, duas coisas:
1. Cuidado. Existem mais redes sociais entre o Facebook e o Twitter do que a nossa vã busca no Google possa imaginar.
2. Existe um oceano de oportunidades no mundo digital. Internauta que dorme na praia, a onda cibernética leva.





8 comentários

  1. A resenha me fez lembrar de uma frase que ouvi num dorama certa vez: "Eu sou uma pessoa digital que prefere os analógicos". Basicamente quer dizer que a pessoa está inserida no mundo digital, mas ainda assim não abre mão da interação não virtual, do tete a tete, do analógico. Acho que sou assim. Quando no começo do texto você perguntou sobre O que é solidão, acho que eu provavelmente responderia mais como o senhor de 60 anos. Mas ao mesmo tempo o "estar conectado" é uma necessidade e não vejo problemas em conciliar as duas tecnologias. Acho que eu gostaria de ler esse livro, não sou de ficar pesquisando sobre o assunto e se ele é assim mais leve poderia me manter mais antenada sobre o que está rolando e me mostrar coisas para ficar mais atenta.

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  2. Olá, Natália.
    Achei interessante a proposta da obra, além de bem atual. Só é uma pena que não seja tão atual e que há alguns textos simplesmente para entreter.
    De toda forma, acho que arriscarei a leitura. Mesmo que não fique totalmente satisfeito, já dá para matar um pouco da curiosidade sobre o tema.

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  3. Não gosto desse tipo de livro, procuro nem ler porque geralmente é meio sofrido pra finalizar e ler por obrigação de finalizar a obra é um saco e na maioria das vezes eu não gosto de abandonar.

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  4. Nati, li esse livro há um tempo atrás e não posso dizer se gostei ou não. Ele é bastante instrutivo e como você disse trata o assunto de forma leve sem utilizar muita tecnicidade (isso existe?). Contudo não sou muito fã de livros assim, o que faz com que eu os evite qdo tenho a chance. Resolvi ler "Adeus, Facebook" pela proposta que ele apresenta ao falar de comunicação, mas ele não chegou a ser um formador de opinião para mim, foi mais relatos de dados e assuntos que já sabemos sobre a web. No mais é interessante, mas não tanto qto eu imaginava!

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  5. Legal o livro, é um despertar para aqueles que não ampliam seus meios de pesquisa na internet. E se fecham em uma única coisa, e pronto. Gostei, e vou indicar para minha irmã, esse livro é a cara dela.

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  6. Natália!
    Tive oportunidade de ler esse livro e apesar de ter entendido a ideia que o autor quis passar, achei tedioso... É verdade! Passei dias para lê-lo, acho que foi porque achei que o autor estava dando um sermão, sabe?
    Mas acredito que todos devam lê-lo, porque traz aprendizado e abre a mente para o mundo virtual.
    Desejo uma ótima semana!!
    “Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos.” (Confúcio)
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  7. Oi Nat! Achei super legal o autor abortar esse tema diferenciado no livro, me chamou muito a atenção porque nunca tinha lido livros assim antes e parece muito interessante.
    Essa proposta do autor sobre um olhar diferenciado que temos de ter de toda essa tecnologia do mundo, que podem ser usados como lazer mas que também podem ser mais um abrir de portas para outras oportunidades.
    Fiquei super curiosa!
    Beijos!

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  8. Não é o tipo de leitura que estou acostumada a fazer, mas creio que deve mesmo trazer uma nova visão sobre a internet e o modo e finalidade para o qual ela é utilizada. Ainda mais para quem vive conectado e não consegue ficar uma hora sequer sem dar aquela olhadinha básica. Vou procurar e indicar para a minha prima.

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