8 de junho de 2015

A Torre Partida por J. Barton Mitchell

Livro II - Saga da Terra Conquistada

Autor: J. Barton Mitchell
Editora: Jangada
ISBN: 9788564850941
Ano: 2015 
Páginas: 472
Classificação:   
Neste segundo volume da Saga da Terra Conquistada, Mira, Holt, Zoey e Max embarcam numa jornada épica em busca da Torre Partida - um marco famoso e sombrio no meio do cenário mais perigoso do mundo: as Terras Estranhas. Os poderes de Zoey despertam, mas quem ela é continua sendo um mistério. Tudo o que ela sabe é que precisa chegar à Torre Partida. Os alienígenas, chamados pelos sobreviventes de Confederados, perseguem Zoey, e entre eles um novo grupo cujas intenções parecem diferir das dos demais. Para tornar tudo pior, o Bando - grupo que persegue Holt - também está nas Terras Estranhas, liderado por uma bela e ameaçadora pirata chamada Ravan. Assim como o primeiro amor de Mira, Benjamin Aubertine, cuja ambição desmedida para chegar à misteriosa Torre pode levar todos à morte. E há também as próprias Terras Estranhas, que inexplicavelmente começam a se expandir, tornando-se ainda mais poderosas e mortais. De alguma forma, tudo parece ligado à Zoey, e quanto mais perto da Torre mais enfraquecida ela parece ficar.

Confira a resenha do primeiro livro Cidade da Meia-Noite clicando aqui.
Confira a resenha do conto Baía Invernal clicando aqui.

Em A Torre Partida, mais uma vez J. Barton Mitchell nos surpreende com muita ação e uma diversidade de emoções que iniciam na primeira página e só terminam na última – literalmente.

Em Cidade da Meia-Noite, temos muitas perguntas e somente algumas respostas. Já em A Torre Partida, grande parte das nossas perguntas são respondidas. Neste livro, Mira, Holt e Zoey apenas sabem que precisam chegar à Torre Partida. Um lugar sombrio e imprevisível que fica no meio das Terras Estranhas, local onde tudo começou. Nenhum deles sabem o que encontrarão lá e se de fato conseguirão chegar lá, uma vez que todos os que tentaram nunca retornaram, mas sabem que será lá, de alguma forma, que encontrarão as respostas para as tantas perguntas que possuem. Zoey, mais do que ninguém, quer e precisa descobrir a sua ligação com tudo o que vem acontecendo e porque os confederados – como os alienígenas são chamados – a querem tanto e continuam perseguindo-a e tentando impedir que ela chegue ao seu destino. Porém, para a grande surpresa deles, eles descobrem que agora existe um outro grupo de confederados que os estão ajudando para que ela de fato chegue à Torre Partida. Mas por que? Como a chegada de Zoey neste lugar afetaria as coisas? Por que uns não querem que ela chegue lá e outros querem e se matam entre si para tentarem ajuda-la ou não? 

Como se a ida deles a esse lugar tão remoto já não fosse difícil e ruim o bastante, pois a todo tempo eles têm que lhe dar com os confederados que tentam impedir a ida deles, além dos tantos outros obstáculos que encontram no caminho, como as anomalias – lugares que foram afetados em suas formas quânticas após a invasão, onde cada uma pode causar diferentes estragos, desde lhe fazer virar pó numa fração de segundos, seja ser transportado para um outro espaço no tempo e deixar de existir – o Bando - que na verdade são piratas - grupo no qual Holt foge desde o princípio, mas que ninguém ainda sabe o porquê, também está indo para as Terras Estranhas. Mas por que? Já que o Bando nunca se aventurou por ali antes, visto que teoricamente não existe nada que os interesse ali? E isso não é tudo, Ben, um garoto destemido que Mira já amou, também tem interesse em chegar na Torre Partida, mas só Mira, Holt e Zoey sabem que isso pode causar a morte de todos. Além de todas essas inúmeras dificuldades, tudo o que eles sabiam sobre as Terras Estranhas e suas anomalias parece ter ido por água abaixo, visto que agora o certo “padrão” que elas tinham agora parece ter mudado por completo e isso tudo, por mais que não tenha a mínima explicação, parece estar diretamente ligado à Zoey que fica cada vez mais fraca conforme chegam mais próximo à Torre Partida. Seria mesmo isso o mais correto a se fazer? Levá-la de fato à Torre mesmo que isso pareça que está matando-a aos poucos? E por que tudo está mudando? O que Zoey teria a ver com isso tudo? O que os confederados tanto querem com ela? Por que uns tentam ajudá-la a chegar à Torre e outros não? O que o bando está indo fazer nas Terras Estranhas? Essas e muitas outras perguntas nos acompanharão ao longo da leitura e as respostas nos serão reveladas das formas mais improváveis possíveis.

Sabe quando você se pergunta como uma mente pode criar tal coisa, seja ela qual for? Foi o que eu ficava me perguntando quando terminei de ler A Torre Partida. Me perguntava como J. Barton conseguiu criar uma história tão incrível e complexa como essa. Esse é, sem sombra de dúvidas, o melhor livro de ficção científica que já li até hoje e acho muito difícil achar algum outro que consiga chegar ao alto nível desta saga completamente fantástica criada por ele. Se trata de uma história única, com uma carga de adrenalina e emoções muito forte e de uma complexidade tamanha. Quando as respostas que eu tanto estava esperando começaram a ser reveladas, eu tive que ler com muita, mas muita calma para de fato entender o que eu estava lendo e mesmo assim ainda não foi fácil. Isso não significa que foi ruim, pelo contrário. Significa que mesmo que tenhamos as respostas ainda não as temos por completo e ainda precisaremos nos descabelar e roer todas as unhas aguardando o terceiro livro para saber como tudo vai terminar.

Os personagens criados por ele são absolutamente fantásticos, e numa terra completamente dominada por alienígenas, onde os adultos sumiram e só restaram pouquíssimos deles, ou seja, somente os imunes à estática, os adolescentes descritos são fortes, guerreiros e lutam até o fim sem medo da morte. Até mesmo Zoey, que é a chave de tudo e a que mais sofre no fim de tudo, mesmo ainda sendo uma criança, pode-se dizer que é ainda mais forte do que todos. Ou seja, não tem um único personagem que não seja admirável na história de J. Barton.

Falando sobre a parte física do livro, como sempre a Jangada arrebentou, pois a capa é linda, a diagramação e a revisão estão impecáveis, as folhas são amareladas e o tamanho da letra é bem agradável para a leitura.

O livro é grande, assim como o primeiro, mas em nenhum momento você sente que está lendo algo desnecessário... Algo que poderia ter ficado de fora da história. Cada página... Cada capítulo é essencial e quando eu já estava no capítulo final, li mais devagar, pois o coração já estava apertado de novo porque o livro já estava acabando. A Torre Partida é tão insano, complexo e com tanta ação da primeira à ultima página (literalmente) quanto Cidade da Meia-Noite e o terceiro livro tem tudo para ser tão absolutamente incrível quanto os dois primeiros.

8 comentários

  1. Ouvi falr ja a algum tempo sobre Cidade da Meia-Noite e fiquei muito curiosa, ainda nao li mais agota to morendo de vontade de ler...

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  2. Uau,essa história quase me deixou sem fôlego,só de ler a resenha.
    Gosto de livros assim,cheio de mistérios, dúvidas e ação(sou bem curiosa!).
    Assim que der vou me embrenhar nessa aventura. ;)

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  3. Olá, Laisy.
    Ainda não li nem o livro e nem o conto que antecedem essa obra, mas tenho muita vontade de ler. E, claro, essa sua resenha me deixou louco!
    Saber que o enredo é incrível e que os personagens não ficam atrás deixa qualquer um querendo ler o livro para ontem.
    Excelente dica!

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  4. Oi Laisy, acho que este é o maior medo de quem pega um livro extenso para ler, que muitas partes poderiam ser descartadas. Muito bom saber que isso não ocorre aqui.
    Bjs, Rose.

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  5. Parece um história bem cheia de ação mas eu duvido que eu fosse ler porque não sou muito chegada em histórias com alienígenas .-.

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  6. Quero muito ler esses livros e saber que eles são grandes só me deixa muito empolgada, porque adoro ler muitas páginas sem sentir que alguma coisa está ali só para fazer volume. E quem não adora uma narrativa incrível, né? Sem contar os alienígenas, que sempre me atraíram no que diz respeito a livros e filmes. Amei a resenha!

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  7. Laisy. muito boa sua resenha.
    Porém não leria o livro porque não faz meu estilo literário.
    Apesar dele ser longo e o autor trabalhar bem a história e os personagens não me chamam a atenção.

    Lisossomos

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  8. Mais uma resenha que me deixa com altas expectativas quanto ao livro, vcs vao me deixar sem dinheiro, hehe.
    Gostei da sinopse e amooo livro de ficção científica, quando vi a capa com essa cadeia de DNA imaginei na hora que poderia ser algo assim e me animei a conhecer.
    Pelo que li na resenha, a estória é digna de um filme, quem sabe ne?

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