24 de outubro de 2015

Escolhas: O Amor Tem Dois Lados por Nize Morais

Autora: Nize Morais 
Editora: Baraúna
ISBN: 9788579236501
Ano: 2013
Páginas: 368

Classificação: 
Escolhas - o amor tem dois lados. - Raíssa é uma jovem moderna da cidade grande que, ao visitar sua avó Mel no interior, apaixona-se por Zak, rapaz de origem simples e humilde, mas com temperamento forte. Porém, para viver esse amor ela terá que enfrentar mais cedo do que imagina as barreiras da sociedade para ficar com seu “gato grosseirão”. Ela terá maturidade para tanto?




Raíssa e sua família decidem passar as férias na fazenda de sua avó. Entre escrever as memórias de sua avó, aguentar o pai ciumento, alcoólatra (mas que não admite) e se divertir ao lado de sua tia (que tem uma mente aberta e é super animada, ou seja, a única que pode ser uma boa companhia para uma adolescente), Raíssa acaba conhecendo Issac, ou melhor Zak, o filho do caseiro de sua tia avó que mora perto da fazenda da avó dela. Assim que Raíssa e Zak se encontram, a atração é imediata e eles não conseguem mais se afastar. 
Porém, eles terão que enfrentar mutos desafios para conseguir ficar juntos e Raíssa precisará vencer o preconceito e a presença opressora de seu pai para garantir um futuro ao lado de seu "homem do mato". 

A história era muito promissora, pois a diferença de mundos e a questão do preconceito que envolve o amor entre a filhinha mimada da cidade e o bicho do mato rude é realmente muito envolvente. Mas tem uns probleminhas....


1. A protagonista é fraca. E quando eu digo que ela é fraca, não quero dizer que ela foi mal construída. Não é isso. Ela é uma pessoa fraca. O pai é um alcoólatra, machista, que bate na tia dela, preconceituoso, esquentadinho... ou seja, é o cão! E ela ao invés de enfrentar o pai que humilha o amor da vida dela o tempo todo e trata as mulheres da família como se fossem uma propriedade dele... não faz absolutamente nada. Na verdade faz... diz para o pobre do rapaz que ele precisa ter paciência porque o pai dela age dessa forma porque a ama. Me poupe!!!! 


2. Ela é mimada sim. Ok. Faz parte do contexto, mas você espera que o casal amadureça ao longo da história, até porque leva um tempo considerável para a história deles ter um desfecho, mas o que vemos é Zak crescendo e ela continuando a ser mimada. O casal briga o tempo todo, e sempre por um chilique dela. No ínicio, é ótimo, mas conforme você vai chegando no final do livro, você começa a pensar: "ai gente... vai brigar de novo?! Se fosse um casal na vida real ou já teriam se separado ou já seria um caso de Maria da Penha!"


O melhor personagem é realmente Zak. Ele sim faz com que a gente pense no preconceito que rodeia a relação dele com Raíssa; é definido em suas opiniões e evolue com a história. Isso sem contar que ele é o responsável pelos diálogos mais engraçados durante as brigas com Raíssa. Então ela esta sempre errada?
Não. Zak é muito grosso. É ciumento. Mas ele sabe o que quer e luta por isso, ao contrário de Raíssa que com sua indecisão acaba esgotando a sua paciência.
O livro é bom. Poderia ser melhor se a autora tivesse dado mais personalidade a personagem feminina, mas isso não tira o mérito da obra. Pela personagem fraca e a redundância nos acontecimentos dos personagens que viviam voltando e brigando... o livro recebeu 3 estrelas, o que o classifica como um livro bom. Se a personagem fosse mais poderosa seria muito bom.

Outro ponto que chama a atenção é a história contida dentro da história. Como assim? A avó de Raíssa - Dona Mel - conta a sua própria história, e essa narrativa é muito emocionante e interessante. Você cria uma empatia pela velhinha que além de se mostrar muito forte (tudo que a neta não é...) ainda é muito esperta e serve como um anjo da guarda para o casal.

O livro continha uma série de erros de português, devido a uma revisão desastrosa que fizeram. Na época que a autora me enviou o livro, ela me avisou desses erros, portanto, isso não contou para a avaliação do livro. A autora também informou que a nova versão já estaria com a revisão correta.
A minha experiência fez com que eu passasse por cima dos erros e inconscientemente acertasse as frases no meu cérebro, mas para algumas pessoas pode dificultar um pouco.

Outra coisa que eu não gostei foi essa capa. A melhor definição que encontrei foi o comentário da minha amiga e também blogueira aqui no perdidas, nossa querida Laisy: "Essa capa parece aquelas imagens de caixa de tinta pra cabelo". 
Pois é... acho que não preciso falar mais nada.

A autora tem futuro e vamos ficar de olho no que ela publicar daqui para frente, mas foi realmente uma pena que este livro tenha apresentado os problemas citados anteriormente.






7 comentários

  1. Olá, Natália.
    Confesso que esse seria um livro que eu não leria, de cara. A capa não me chamou a atenção, a sinopse também não. Ao ler a resenha, vi aspectos que me desagradariam demais. O primeiro deles é a personagem fraca. Não tem como, detesto isso. Pior ainda: além de fraca, é mimada e não cresce durante a leitura? Não tem como.
    Dessa vez, passo o livro.

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  2. Que desastre! hahahah Comecei lendo a resenha achando que o livro seria ótimo, mas já comecei a ter desgosto depois de ver que a protagonista é fraca. Não gosto de personagens assim, eu gosto daquelas que tem personalidade forte, que é decidida e determinada! A personagem que parece ser ótima é a Vóvó hahaha Realmente, essa capa parece aquelas caixas de tinta de cabelo! kkkkkkkk

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  3. Oi, Natália
    A premissa não me chamou muita atenção. Não por parecer previsível, mas não sei! Realmente a Laisy está certa, a capa parece uma caixa de tinta de cabelo rs Também não curti muito ela. Mas pelo menos já sei dos pontos que não te agradaram. Acho que não leria :(


    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  4. A Laisy definiu bem a capa parece mesmo caixa de tinta para cabelo. É uma pena que a protagonista deixe a desejar, porque a historia parece que seria boa,com preconceito de classe social e esse pai agressivo e autoritário um verdadeiro machão rs.

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  5. Nat!
    Acredito que temos mesmo de avaliar de forma bem criteriosa as obras que nos chegam, afinal, nossas críticas são para melhoramento tanto da autora como da diagramação dos livros.
    Confesso que não me interessei muito, mas desejo sucesso para autora.
    “Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.”(Friedrich Nietzsche)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  6. Tenho tido problemas com a internet. Já comentei nessa resenha,mas acho que não foi enviado meu comentário...
    Bem ,a Laisy tem toda razão: A capa parece uma caixinha de tinta,rs.
    Quanto a trama,infelismente não me interessou muito. Talvez por estar fugindo de temas assim.
    Mas se surgir uma oportunidade vou ler. Quem sabe eu não mude de ideia ? :)

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  7. Sua resenha está muito boa, não conhecia esse livro, mas sinceramente não me interessei muito, pois a história não faz muito meu estilo de leituras, que pena que o livro contém muitos erros de português, mas que bom que foi corrigido na nova versão, e como você, também não curti muito a capa do livro.

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