6 de novembro de 2015

O Diário de uma vida perdida na memória por Rowan Coleman

Autora: Rowan Coleman
Editora: Record
ISBN-10: 
8501106119
Ano: 2015 
Páginas: 308
Classificação:  


Quando o tempo está se esgotando, cada momento é precioso O diário de uma vida perdida na memória é a história de Claire, uma professora amada por todos e recentemente diagnosticada com Alzheimer precoce. Ela é uma mulher com uma personalidade forte e que passa ora por momentos de clareza, ora de total confusão, o que acaba impactando muito a vida de sua família. Sempre que está lúcida, Claire registra passagens de sua vida em um diário dado pelo seu marido, Greg, que vai conter o que há de mais importante como o nascimento de suas filhas, o dia que se encontrou com seu marido, a morte de seu pai etc. O mais tocante na obra é quando a protagonista, em seus vários momentos de devaneio, se encontra com um homem misterioso por quem se apaixona mesmo se sentindo extremamente culpada por ter um marido excepcional e uma família que a ama. E é aí que acontece uma emocionante reviravolta. O diário de uma vida perdida na memória é uma obra envolvente, excepcional e doce e que foge do dramalhão. Conseguimos, ao mesmo tempo, amar e nos enfurecer com a protagonista por estar cometendo tantos erros, o que nos faz esquecer por vezes que ela na verdade tem Alzheimer e está apenas agindo como se nada estivesse errado.
Todos aqui sabem que esse livro, definitivamente, não é o meu estilo de leitura favorito. Drama eu curto muito assistir, e na hora de ler, eu sempre opto pelos suspense/terror/policiais. Mas as vezes, é sempre bom dar uma diversificada né? Afinal uma leitura sempre influência e soma na sua vida de alguma forma. 

Eu não estou nada arrependido de ter solicitado esse livro. Mesmo ele ter me feito ficar deprimido durante alguns dias, foi uma leitura muito proveitosa. A história é linda, e muito bem contada. Vários outros livros já abordaram o assunto dessa doença (Alzheimer), mas esse pode se destacar ou diferenciar dos outros, pelo simples fato de tratar de valores familiares também. Quando falo valores familiares, falo na questão de amor e como as pessoas se relacionam entre si, como no caso do livro, que é a difícil relação entre nossa protagonista (Claire) e sua mãe. 

A autora consegue nos guiar dentro dessa história de uma forma tão delicada, e muito envolvente. Durante todo o livro vemos as situações dessa família, pelos olhos de Claire e sua filha Caitlin (que são nossas duas narradoras), a cada capítulo que passa é narrado pela visão de uma delas, de forma alternada. O que nos permite expandir nosso entendimento diante das circunstâncias do dia-a-dia daquela família. Quem nunca brigou com sua mãe? E sempre se queixou de que nunca iria entender a cabeça de uma mãe? E também, quem nunca foi um adolescente (ou um jovem adulto), com uma necessidade de liberdade? O mais interessante de tudo nesse livro, é que conseguimos entender ambos os lados, e perceber que todos tem os seus motivos para suas atitudes. Você abre a sua cabeça e começa a refletir sobre seus problemas e sua vida (mesmo que sua vida não tenha nada a ver com a que lemos no livro, essa obra consegue fazer você pensar, e te deixar mais compreensivo com aqueles que você ama).  

Como já citei antes, Claire e sua mãe tem alguns problemas. Amor nunca faltou a elas, mas briga parece ser o elemento mais presente no relacionamento delas. Quando Claire é diagnosticada, sua mãe decide se mudar para a casa da filha e ajuda-la em todo esse processo. É a partir desse momento que começamos acompanhar essas reais brigas, que Claire já nos diz no início do livro. 
Por se tratar de um drama, você pode ter certeza que os corações mais moles vão ficar meio derretidos com algumas passagens, e deixarão algumas marcas de lágrimas nas páginas rs. É muito interessante ver aqui como os personagens lidam com a doença, e com as atitudes nada agradáveis que Claire faz, mas quem pode culpa-la? Afinal, como julgar uma pessoa que tem uma doença que daqui a pouco não conseguirá se lembrar nem da sua própria existência! 
"O Diário Perdido na Memória" é um ótimo livro, que não vai te decepcionar em nenhum momento. Único motivo que aceito você dizer, que não gostou do livro é se você realmente não gosta de ler dramas. 

8 comentários

  1. Nossa, esse livro parece muito triste :( Alzheimer é uma doença muito triste... minha avó teve, mas eu era criança e não convivia muito com ela... imagine no caso da personagem, em que a mãe dela tinha a doença, mal posso imaginar se acontecesse o mesmo com a minha... Eu lembro que uma vez eu fui visitar minha vó no asilo, e como eu era muito criança fiz um desenho de natal para ela. Ela pegou o desenho, dobrou a folha de papel e guardou dentro da fralda! Foi muito engraçado, mas Alzheimer é uma das doenças que eu mais tenho medo de ter/conviver... Deve ter horrível perder a memória de sua vida...

    Esse tipo de drama também não faz muito meu estilo, mas acredito que esse livro seja tão bom quanto vc descreveu por provocar emoções fortes no leitor, eu tbm ficaria deprimida depois de ler... KKKKK

    Beijos!

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  2. Diego!
    Gosto de dramas e o assunto muito me interessa, porque mainha tem Alzheimer e cuidar dela é bem difícil, temos de ter muito amor e cuidar dela com carinho, mesmo porque, ela já teve 3 AVCs e vive na cadeira de rodas, o que complica ainda mais. E n´so filhas temos a possibilidade de ter a doença no futuro, e como seremos cuidadas?
    Gostaria muito de ler esse livro.
    “Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.”(Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  3. Gosto de livros que tenham um bom drama rs. Essa doença é muito triste, não se lembrar de nada, quem sofre é sempre a família e os mais próximos, acho que por isso ela e a mãe brigam, embora acho que não precisa de doença para as pessoas brigarem, principalmente família rs.
    Acho que é uma leitura que faz com que analisamos a vida por um outro lado e nossos sentimentos.

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  4. Olá, Diego.
    Assim como você, não sou o maior fã de drama. Contudo, por ter o foco em uma doença tão complicada, leria. Até porque eu já li um livro sobre o assunto e amei.
    Além disso, deve ser interessante conferir esse relacionamento familiar conturbado.

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  5. Oi, Diego!
    Já eu adoro essa as leituras e costumo fazer bastante. Confesso que é a primeira vez que estou vendo este livro, mas já me interessei. Se você que já não costuma ler, se comoveu, quem dirá eu rs
    Adorei a dica, e com certeza vou querer ler.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  6. Diego, volta ou outra sempre procuro ler um livro que traga uma história assim. Amei sua resenha, e amei ainda mais saber o tema desta história. Sofro por histórias como estas que tragam um tema forte como o Alzheimer e esses dramas familiares, que acredito que todos um dia já passaram.
    Não conhecia este livro, agora ele já entrou em minha lista de desejados e espero lê-lo em breve.

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  7. Bom, como você, esse livro não faz nem um pouco meu estilo de leituras, e apesar da sua resenha muito boa sobre a história, não me interessei muito pelo livro, então no momento não pretendo lê-lo, mas quem sabe futuramente.

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  8. para mim não vai ser problema algum ler esse livro já que eu gosto bastante do gênero, gostei da resenha e fiquei interessada em ler, pois nçao li nada da autora ainda.

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