7 de abril de 2015

Dor de Amor tem Jeito por André Massolini

Autor: André Massolini
Editora: Gente
ISBN: 9788545200215
Ano: 2015
Páginas: 155
Classificação: 
Dor de amor tem jeito - Seus amores começam como romance épico e terminam como filme de terror? Tem gente que parece ter o dom de se ferrar no amor, ou melhor, apostar todas as fichas em algo sem futuro. Tudo acaba e sabe o que resta? Você. Sofrendo mais uma vez por ter se deixado levar por um relacionamento sem potencial e se perguntando o que há de tão errado com você. Será que dá pra sair disso? Dessa mania de seguir sempre o mesmo roteiro dolorido? André Massolini vai mostrar que sim, dor de amor tem jeito. Esse filósofo que conquistou milhares de fãs com seu canal Ponto de vista, do YouTube, veio trazer compreensão e muito mais do que um ombro amigo para chorar: a chave para finalmente fechar essa história mal resolvida e conseguir, de uma vez por todas, não só superar o sofrimento e as mágoas, mas se tornar inteiro e feliz – como sempre deveria ter sido! Ninguém merece sentir que é um fracasso completo nem merece colher migalhas de afeto. Melhor do que uma sessão de terapia, este livro trará os conselhos e as respostas para que você experimente o alívio e recupere a dignidade que sentiu ser levada por outro alguém. Resgate a si mesmo e venha experimentar a felicidade!

Você acha que nunca dá certo no amor? Acha que como muita gente fala por aí, que tem o “dedo pobre”? Seus relacionamentos começam como um conto de fadas e termina como um filme de terror? No livro Dor de Amor tem Jeito, você obterá as respostas para estas tantas perguntas.

Infelizmente, se tem algo que todos passarão na vida – ou pelo menos noventa e nove por cento da população mundial – é pela decepção amorosa. Isso porque isso faz parte da vida como tantas outras coisas. É normal sofrer quando isso acontece, mas o que o André Massolini faz com que entendamos é que o anormal é sofrer tanto tempo com essa decepção. É normal sofrer, chorar e achar que o mundo se abriu sob seus pés, mas definitivamente não é normal ficar alimentando esta dor vendo fotos, ouvindo músicas românticas que te façam lembrar e tantas outras coisas que nos façam ficar remoendo o que passou.

“A tristeza pelo acontecido será uma fase e não um decreto de eternidade em sua existência”. Pág 40.

E é aí que na maioria das vezes depois da decepção amorosa nos perguntamos: será que tenho o “dedo podre”? De uma forma muito prática e com exemplos da vida real, o André mostra que nós recebemos aquilo que nos permitimos receber. Ou seja, não existe “dedo pobre”. Existe você impor limites e respeito. Afinal, nunca se pode permitir que alguém lhe tire o amor-próprio e sua dignidade. Porém, o que também vemos, é que as pessoas acreditam piamente – seja por conta dos contos de fada, seja por que crescemos ouvindo isso – que somos incompletos e só seremos felizes quando encontrarmos a metade da nossa laranja, ou a tampa da nossa panela. Enfim... O ditado que você achar melhor. Mas a grande verdade é que isso é uma das maiores besteiras e absurdos que existem. Todos nós nascemos completos e por mais que seja difícil de acreditar devido a essa cultura já enraizada em nós, não precisamos de ninguém para sermos felizes e completos. Acredite, não é fácil chegar a esta conclusão e entender com clareza este aspecto da vida, mas é a mais pura verdade e aprendi isso há um tempo... Bem antes de ler este livro. Com isso, voltando a este ponto, como as pessoas acreditam que precisam de alguém para serem felizes, se deixam ser pisados, ignorados e muitas das vezes humilhados, pois acreditam que é melhor estar com esta pessoa do que estar sozinho. O que também achei bem legal é que ao longo do livro, para cada tema, o autor colocou relatos da vida real que foram enviados para ele, e chega a ser absurdo como a pessoa do relato não vê a que ponto ela chegou e ao que está se prestando. Desta forma, conseguimos ver como esta teoria da “metade da laranja” é tão absurda. Quem acredita que precisa de alguém para ser feliz não conseguiu ainda lhe dar com seus problemas e resolvê-los e por consequência, espera que apareça alguém para “completar” o que está faltando. Algo que também aprendi com a vida e que a leitura deste livro só fez com que eu comprovasse que estou indo pelo caminho certo, é que o “outro” que entra na sua vida deve complementá-lo e não completa-lo. Deixo que a leitura do livro os ensine qual é a diferença crucial entre ambos.

Assuntos que também podemos encontrar e aprender ao longo da leitura é que o autor sempre deixa bem claro que todos nós temos o direito de escolher estar com alguém ou não. Se você escolhe estar com alguém ou não e chega a esta conclusão, por que a pessoa que estava com você não pode chegar à conclusão que também não queria mais estar com você? É doloroso? Claro que é, mas todos nós temos a opção de escolha e devemos respeitar isto. Uma vez que se vê o lado sentimental deste jeito, acredite... Tudo anda e a vida fica muito mais leve.

Para quem acabou de terminar um relacionamento e acha que a vida não tem mais sentido sem aquela pessoa, ou que nunca mais voltará a ser feliz ou qualquer outro sentimento totalmente errado do tipo, comum, porém errado, o autor ajuda de forma simples, prática, com um bom papo entre amigos que não é assim. Afinal, ninguém morre de amor – ou pelo menos não deveria. Ajuda com palavras e dicas incríveis a como não cair nesta armadilha e alimentar sempre a alegria ao invés da tristeza. Mostra que é muito mais do que possível ser feliz sozinho. Claro que isso não quer dizer que você nunca encontrará alguém realmente legal para compartilhar os melhores momentos... Claro que não. Isso significa que uma vez que você é feliz e completo consigo mesmo, você consegue de fato ser feliz com esse outro alguém que entrará na sua vida sem achar que precisa dele(a) para viver ou ser feliz.

O que o autor também expõe no livro e que achei totalmente brilhante, principalmente sendo solteira atualmente, é que a impressão que se tem é que ser solteiro é quase uma doença. É algo ruim e que se você está solteiro tem algo muito errado com você. E sabe por quê? Porque remete ao que o autor comenta e que eu comentei mais acima na resenha: As pessoas acreditam fielmente que para você ser completo, você precisa encontrar a sua “outra metade”.

“Parece que a solteirice está sendo enxergada como uma doença contagiosa, da qual se deve envergonhar-se e buscar uma cura o quanto antes, a fim de ser aceito na sociedade”. Pag 90.

Quantas vezes fui ao cinema sozinha – Sim, queria aproveitar a minha companhia – e as pessoas me olharam com cara de dó na fila do cinema por eu estar sozinha? Faziam caras do tipo: “Tadinha, indo ao cinema sozinha”. Mal sabiam que eu estava aproveitando a melhor companhia de todas: a minha. E não... Isso não significa que eu me acho o máximo ou me acho melhor do que todo mundo. Isso somente significa que se eu mesma não sei aproveitar a minha companhia, como vou querer que alguém saiba? E neste livro também é possível ter uma visão bem ampla sobre isso.

O autor também lhe ajuda a entender que certas atitudes tomadas após um término de relacionamento não são adequadas e que às vezes beiram o ridículo e a verdade é que às vezes pessoas próximas a você não têm coragem ou até mesmo a visão correta do que é isso tudo e o André como um bom amigo lhe ajuda a ver o que você está fazendo de errado.

“Complicamos demais o término e, com isso, complicamos nossa vida”. Pág 102.

Ele também lhe ajuda a ver e a entender de uma vez por todas que é necessário deixar quem o deixou, pois como havia citado mais acima, as pessoas têm o direito de escolha. Se ela escolheu não estar mais com você, nada mais certo do que levantar a cabeça e seguir em frente. Entender que quando a pessoa de fato diz que não dá mais, ela está lhe entregando a chave da liberdade para que você possa, sem medo de errar, seguir em frente. Aprenda que se alguém diz: “Eu não te quero mais” você deve responder: “Então eu quero menos ainda”. Por que querer alguém que não lhe quer quando existem mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, meu Deus?! E mais uma vez volto a dizer: isto não significa que eu me ache a ultima bolacha do pacote. Isso significa que tenho amor-próprio.

“Não perca seus muros do amor-próprio e da dignidade!”. Pág 122

Além disso tudo e mais várias outras coisas que não deu para comentar, pois a resenha viraria quase um outro livro e por que você deve lê-lo para aprender tudo isso, é que o autor ainda dá dicas sobre como recuperar a autoestima caso de fato você esteja muito mal.

É um livro recomendadíssimo, tanto para os que querem aprender a serem pessoas melhores, seja num relacionamento ou fora dele. Quanto para os que já conseguiram entender isso – assim como eu – para reforçar que você está trilhando o caminho certo para a verdadeira felicidade.

O livro nem de longe é chato, pois é como um bate papo entre amigos e a leitura é deliciosa. Gostei tanto que li em um dia. Vale muito a pena, mesmo. Antes da leitura, não conhecia o autor e seu canal do youtube – uma lástima! – e a partir de agora vou passar a acompanhar, pois tenho certeza que ainda tenho muito a aprender com ele.

Falando sobre a parte física, a revisão e diagramação estão impecáveis; o tamanho da letra é um pouquinho maior que o normal, portanto muito agradável para a leitura e as folhas são amareladas.

Como havia dito, a leitura vale para todos. Tanto para os que precisam entender esses pontos de vista, quanto para os que já entenderam e terão certeza que estão indo pelo caminho certo.

20 comentários

  1. Olá, Laisy.
    Eu não sou fã de autoajuda; raramente leio e mais raro ainda gosto. Porém, contudo, entretanto e todas as outras conjunções adversativas, você conseguiu me interessar pela obra. Não esperava por isso ao ler a resenha.
    Parece ser um livro bem escrito, interessante e sem aquelas terríveis "receitas da felicidade". Então, acho que darei uma oportunidade.
    Parabéns, Laisy. Essa foi umas das resenhas mais consistentes que já li.

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  2. Muitas pessoas irão se identificar com esse livro, pois ele parece fazer com que as pessoas reflitam sobre o amor. Adorei a capa do livro, principalmente por não ter faltado o vermelho hahaha Confesso que não gosto desse tipo de livro, mas eu leria para conhecer um pouco mais da obra. Adorei a resenha!

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    1. Obrigada Luis!!! Fico feliz que tenha gostado da resenha! :)

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  3. Basicamente não é um tema que me chame atenção para leitura. Parece ser até interessante, mas acho que seria o tipo de livro que ficaria parado na minha estante por séculos... Lendo a resenha contudo, acho que me identifiquei com os pensamentos do autor, nunca entendi essa ideia de "encontre a pessoa que te complete", ao mesmo tempo que te dizem para viver plenamente... Por que seria necessário uma outra pessoa para isso? Meu pensamento sempre foi: "Eu me basto". Não sou melhor que ninguém, mas não preciso de um outro para ser feliz... quem pensa o contrário acho um pouco doente e submisso... sem contar que nunca entendi algumas amigas que passavam meses (MESES!) praticamente de luto pelo fim de um namoro qualquer e que sempre diziam "Eu não sei ficar sozinha" o tempo todo... sem contar que ainda tinham a audácia de me dizer "quando você se apaixonar vai saber pelo que estou passando". Sério, é muuita falta de amor próprio e senso de ridículo (desculpe a 'ênfase', mas achei necessária). O recado do autor parece claro só pela sua resenha: "Amem-se e complementem-se, não é preciso se completar, todos são inteiros".

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  4. parece livro de autoajuda, pra mim esse genero nao é tao interessante mas é bo pra quem gosta e espero que ajude aos que necessitam.

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  5. Olá Laisy, tudo bem? Nome diferente o seu haha
    Esse parece ser um daqueles livros chatos de autoajuda, mas você provou que não é esse o caso.
    Adorei sua resenha, você sintetizou a obra de um jeito maravilhoso! Além de ter compreendido a obra em sua extensa magnitude! Não é o tipo de livro que eu leria, mas ter lido sua resenha já me acrescentou muito haha Beijos

    http://ocasulodasletras.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada Maria! Fico muuito feliz que tenha gostado.

      Super beijo!

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  6. Parece mesmo ser de autoajuda e por mais que eu já tenha tentado ler alguns livros assim, nunca achei nenhum que adorasse. O tema é interessante e a sua resenha ficou ótima, dá até vontade de ler. Acho que vai para a minha lista.
    Beijos.

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  7. Não sei o porquê, mas não consigo gostar de livros com essa pegada de autoajuda. Já tentei ler alguns e de vários autores, mas vi que não adianta, infelizmente. Então, por melhor que seja esse livro, não consigo me interessar por ele.

    @_Dom_Dom

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  8. Sua resenha foi ótima Laisy e concordo com muita coisa mas eu particularmente não leria esse livro. Não gosto nem um pouco de auto-ajuda, por mais que todo mundo fale bem do livro eu acharia-o extremamente chato sim. Mas que bom que você gostou tanto.
    beijos
    http://pobreleitora.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada Nathalia! Fico muito feliz que tenha gostado da resenha. <3

      Bjinho

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  9. Apesar de não curtir muito livros de auto-ajuda, acho que esse é um tema bastante interessante, porque, como tu mesmo disse, todo mundo passa por essa situação em algum momento da vida. E nessa hora é sempre bom algumas dicas para se reerguer. Acho que seria uma leitura interessante e que acrescentaria algo na nossa vida.

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  10. Não sou fã de livro de auto-ajuda, mais esse até que parece interessante. Sem falar que ficou com nota máxima na resenha. É, gostei realmente desse, apesar de não gostar muito do gênero. Gostei dessa dica, vou tentar inclui-lo em minha enorme lista de leitura.

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  11. Não quero aqui impor nada, Deus me livre, (eu não sei de nada, é só uma opinião, rs) mas me parece que as pessoas fazem questão de dizer que não gostam de livros de auto- ajuda.Não seria preconceito?? Não seria um certo medo de se descobrirem?? Ou medo do que os outros vão pensar?. Vamos analisar bem as coisa e repensa, minha gente! E não só repetir o que ouve por aí.
    André Massolini, vc melhorou a vida de muita gente com seu livro e seus vídeos. Meus parabéns!!

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    1. Também notei isso na maioria dos comentários, fazem questão de deixar claro que não gostam, seria medo!?!?

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    2. Concordo com vocês, talvez as pessoas fujam do tema por terem medo de encontrar as respostas certas para suas vidas, quando só fazem escolhas erradas. E esse título "auto-ajuda" é posto pela sociedade preconceituosa, e por isso muita gente tem esse medo de ler, talvez por vergonha.
      Eu já li e tenho certeza que lerei muitos ainda, pois na vida temos que aprender muito, mas claro que temos que escolher o livro certo e com autores compromissados com o que escrevem.

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  12. Ao contrário dos comentários, amo livros de auto ajuda, pois passei por muitos momentos difíceis e a leitura foi uma terapia e tanto! Gostei da resenha e quero muito ler esse livro. Obrigada.

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