16 de setembro de 2015

Para onde vai o amor? por Fabrício Carpinejar

Autor: Fabrício Carpinejar 
Editora: Bertrand 
ISBN-10: 8528620166
Ano: 2015 

Páginas: 176
Classificação:  


O amor não é uma propriedade de quem sente, é uma transferência total para quem é amado Você que está vendo este livro com dúvida se precisa dele, você não precisa dele, precisa de si, vive caçando uma palavra que confirme o que deseja, está atrás de um escritor que possa lhe recomendar de volta para quem brigou, com capacidade de explicar o que sente e traduzir seus tormentos. Mas já sabe o que deseja, não há como convencer do contrário, os amigos mostraram que seu relacionamento não tem futuro. Não acredita neles, acredita somente no milagre. E como justificar um milagre, ainda mais para quem não tem mais fé? Eu entendo o que está passando: sua raiva, sua amargura, seu cinismo, seu desencanto. Percebeu que a razão não conforta, que a vingança ou o perdão não ressuscita a tranquilidade, que o fundo do poço nunca se equivale ao nosso fundo. Você parece normal, mas todo mundo deixa de ser normal quando se apaixona e se separa. Se sua expectativa é por uma solução, eu guardo apenas uma certeza que trará alívio mais adiante: você não vai desistir. Quando diz que acabou a relação, é que está procurando um outro jeito de recomeçar. Em seu novo livro de crônicas, Carpinejar apresenta 42 textos que sobre amor, desilusão amorosa, casamento, divórcio, saudade e outros sentimentos que compõem os relacionamentos. • Novo livro de crônicas do autor gaúcho. • Décimo sexto livro do autor publicado pela Bertrand Brasil — oitavo de crônicas.

Sendo muito sincera com vocês, este livro está completamente fora da minha zona de conforto. Eu não curto livros de crônicas, e muito menos livros que se propõem a filosofar e refletira sobre  o tema amor. Sou mais o tipo: tiro, porrada e bomba quando o assunto é livro.
Porém, como o livro era relativamente fino, e eu já tinha visto milhares de pessoas saindo no tapa por causa de livros desse autor, eu resolvi dar uma chance.
Assim que abri o livro, me deparei com esse texto:

"Se você tem um homem ou uma mulher que lhe ama, é muita sorte.
Mas existe algo maior do que o amor: a devoção.
Se você tem um homem ou uma mulher devota, não é apenas sorte, e sim milagre.
O devoto jamais desistirá de você, é amor até depois da morte.
Ele não tem orgulho, tem fé. No orgulho, só cabe um. Já a fé tem espaço para todo o casal.
O voto matrimonial será cumprido realmente pelo devoto (quem ama às vezes não aguenta cumprir a declaração à risca).
O devoto foi feito de pele de aço e alma de vidro. Encontra explicações na própria esperança, mesmo quando não é retribuído ou correspondido.
(...)
O devoto é um guerrilheiro da relação, um apaixonado vitalício.
Tem o desespero de ajudar sempre, atender os pedidos antes de pensar em si.
(...)
Quem ama dorme bocejando, o devoto dorme suspirando.
Quem ama acorda pedindo espaço, o devoto acorda pendido abraço.
(...)
Eu te devoto supera o Eu te amo.
O único empecilho é que um devoto precisa encontrar um outro devoto para ser feliz."


Depois de terminar esse texto, o autor ganhou a minha atenção.
Eu continuei a leitura, e apesar de não concordar com todas as posições que ele apresenta sobre o amor, no final do livro eu tinha uma certeza: o autor tinha ganhado o meu respeito e eu finalmente entendi por que as pessoas gostam tanto dos livros dele.
Eu continuo não gostando de crônicas. Continuo não curtindo livros reflexivos. Mas reconheço o valor desta leitura.
Mas então, porque você não deu uma nota maior? Por que eu estaria sendo contraditória. Eu curti o livro. Ponto. Não achei sensacional... Esse tipo de adjetivo eu guardo para os meus livros favoritos com muito sangue. Hehehe

Vocês já leram algum livro desse autor? Se sim, me expliquem por que ele toca tanto vocês. E caso não, façam como eu: deem uma chance. Uma só.

17 comentários

  1. Raramente eu me interesso por livros nesse estilo, pois eu prefiro livros mais "pesados". Sou desses hahahah Ás vezes eu chego a me interessar por livros reflexivos, mas não foi o que acontecer com esse. Apesar de muitas pessoas o elogiarem, eu não me nada nele que pudesse me chamar atenção ao ponto de querer lê-lo!

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  2. Amei sua sinceridade em dizer que gostou do livro, mas não achou sensacional <3 Adoro ver resenhas assim kk.
    Gosto sim de crônicas, mas ainda não li nada desse autor. Vou dar uma chance, e espero gostar, principalmente por ter como tema o amor.
    Abçs Nat!!

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  3. Nunca li nenhum livro do autor, Natália, mas como adoro crônicas, acredito que exista uma chance maior de eu gostar mais do livro do que você. Também gosto de livros que filosofam, apesar de não muito os que falam só de amor. rs
    Gostei da crônica apresentada sobre a devoção. Bonita, sem dúvidas. Porém, nunca vi uma pessoa devota na vida. haha

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  4. Oi, Natália
    Nada melhor que uma opinião sincera né.
    Já eu estaria mais a vontade com o livro, pois gosto de leituras assim. Nunca li nada do autor, mais já vi muitos elogios, inclusive deste livro.
    Mesmo não sendo seu gênero, você ainda gostou, então claro que leria o livro.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  5. Eu ainda não li nenhum livro dele. Não sei se iria gostar desse, só lendo pra saber k. Também não gosto de crônicas. Li o texto e não é meu estilo. Mas acho que sempre é bom dar uma chance. Acho que não é só quando a pessoa se apaixona que ela não é normal, acho que ninguém é rsrsrs.

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  6. Natália!
    O Carpinejar tem uma forma muito própria de entender determinadas coisas e que nos faz pensar. Não quero dizer que concordo com tudo que ele fala, porque tem umas coisas meio loucas, mas gosto dele.
    Gosto de crônicas também e gostaria de ler mais esse livro dele.
    “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.”(Mario Quintana)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista, serão 3 ganhadores!

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  7. Vou ser sincera que tbm não gosto de livro de crônicas, já li 4 que ganhei mas já mandei todos para o sebo, não gosto, li por obrigação e o trecho que vc posto não me tocou em nada, acho que isso aconteceu mais por saber que era um livro de crônicas! Nem a capa chamou minha atenção para poder dar um pontinho positivo!

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  8. Oi Natália,
    Não sou amante de crônicas (embora nem sempre esteja no clima de tiro, porra e bomba kkkk), mas abrir um livro e deparar com esse texto, até eu mudo de ideia rsrs. Agora quero achar um outro devoto.
    Beijocas ^^

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  9. Nunca li nada do autor não!
    Mas tenho curiosidade em conhecer algum de seus livros. Não sei se me agradaria tanto,mas quem sabe?! ;)

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  10. eu nunca li nada desse autor e eu tb já li vários elogios.
    eu até curto crônicas, mas não um livro de crônicas; meio contraditório né?
    mas acho que vou fazer como vc disse dá uma chance ao autor qq coisa eu paro na primeira crônica

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  11. Também não é meu estilo de livro e também não gosto de crônicas,mas nunca li um livro reflexivo então não sei se iria gostar ou não,mas acho que deve ser um livro bom só que não tenho muita vontade de lê-lo.

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  12. Nunca li nenhum livro do autor e eu acabei gostando do texto dele inserido no post. Também não gosto de crônicas. Ns verde, não leio muitas, porém, o pensamento do autor me completou e me mostrou um pensar que eu nunca tive antes. Aprendi e refleti sobre algo novo, algo ensinado. Adoro quando os autores são professores p mim.
    Eu não sei se eu leria esse livro em si, mas que ele parece ser muito bom, parece.

    bjs

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  13. Olá, Nat. Quando vi Para onde vai o amor? logo pensei que seria um livro de autoajuda, mas surpreendi-me por ser crônicas sobre o amor, tema que também não faz parte do meu favoritismo. Concordo com você em alguns aspectos, especialmente em "Sou mais o tipo: tiro, porrada e bomba quando o assunto é livro.", mesmo tendo gostado da leitura, creio que eu não me daria bem com esta.

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  14. Não gosto de livros assim então vou ser bem sincera quando digo que não ver esse livro porque com certeza irei abandona-lo e não gosto quando abandonos livros, me deixa com a sensação que não compreendi a onde o autor queria chegar e isso me deixa triste.

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  15. Bom, realmente não é o tipo de livro que me atrai porque eu também não curto as crônicas, ainda mais as reflexivas. Mas talvez faça como você disse, porque também não conheço o autor: posso dar uma chance para ele. Uma só.

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  16. Não li nada dele ainda, mas estive vendo uma entrevista com ele, e este livro acabou me interessando.
    Bjs, Rose.

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  17. Oi!
    Esse é um livro que não me interessou não gosto de crônicas, já peguei algumas para ler mas é um gênero que acho que não irei gostar !!

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